A experiência

Eu bem sei que no meio académico se privilegia as novas descobertas. A aquisição de conhecimentos. De novos saberes. As experiências que nos levam mais longe, os estudos que curam doenças, os avanços tecnológicos. Aqui desabrocham as consciências que tornaram o mundo um sítio melhor para as gerações vindouras.
Eu sei que é assim, ou deveria ser, e, acreditem, sou totalmente favorável a esse ambiente.
Agora, para isso, será MESMO necessário criar culturas no frigorifico de apoio ao corredor?

Finalmente os segredos

Não sou uma rapariga de ter muitos segredos, fruto duma enorme incapacidade que ganhei no percurso da vida, de reter informação a meu respeito. Sou mais do tipo what you see is what you get, para o melhor e para o pior.
Mas como não quis deixar passar o desafio da amiga Van e da sua belezura de Vivenda, cá vão alguns segredos, que talvez só mesmo os mais próximos, soubessem a meu respeito.

1. Gosto de imaginar as histórias que estão por detrás dos nomes estranhos de ruas ou localidades
2. Odeio ter que ir a multibancos
3. Devia ter estudado Socilogia, fascina-me o comportamento em grupo
4. Gostava de aprender a dançar o Tango
5. À excepção de meia dúzia, não sei praticamente o nome de nehuma rua da Cidade de Lisboa
6. Tenho a ambição de me mudar para o Alentejo, e criar a minha linha de queijos Ti'Margarida.

Agora aproveito e deito a isca à Susyruth, Inês e Marta.
Fico à espera!

Life

Já lá dizia a outra na canção life as a funny way of helping you out, e não é que comigo tem mesmo. Ò lá se tem!

Verdades

Look Vila Natal'09

A semana em poucas palavras

I - Franz Ferdinand - MUITO, MUITO BOM. Caso não acreditem aconselho-vos esta leitura.
Depois desta injecção de adrenalina, o resto da semana, apesar do cansaço foi pêra doce.

II - A M. ganhou o concurso internacional da Aunty Ollie, e agora só temos de arranjar um bocadinho de tempo para escolher os modelitos novos que vamos comprar com os 100 dólares do prémio.

III - Boas notícias na frente do Coração! :) E a coisa vai correndo na outra frente também.

IV - No sábado uma visita à Aldeia do Natal, que pôr a pequenada da casa bem contente e alegre.

V - No domingo, a I. ganha cama de menina crescida.

Foi uma semana boa. Cansativa, mas boa. :)

Embuídos do espírito natalício...

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Estágio #1

As primeiras

Num relance, vejo notícia do passeio turístico das primeiras da Cimeira, pelas bonitas terras de Cascais, Sintra e Lisboa.
E, estupefacta, constato, que enquanto Sua Alteza Real, a Rainha Sofia de Espanha se passeia entre pólos de interesse cultural, segurando um modesto, mas protector, chapéu de chuva, a Maria de todos nós, segue em passo trôpego e popularucho, com um lacaio ao seu lado, que num esforço de louvável brio profissional, segura, altiva, a sombrinha, que a protege da chuva.

Anda uma pessoa mais atarefada...

e sem tempo para visitar a vizinhança, e quando menos espera, PIMBA, lançaram-nos um desafio blogosférico.
(Van, vou tentar dar resposta quanto antes.)

Mãe desesperada procura ajuda

Eu não sei bem em que contexto isto terá acontecido, mas a verdade é que a minha filha mais velha chegou esta semana a casa com as seguintes convicções:
1. o Perú é um Frango-perú
2. Os Frango- perús são obras de arte
(????!!!!!!!!!!!!!!!!)

Christmas Wishlist

Aceita-se igualmente a dita em cor Nacré, bem a hipótese de prenda partilhada ;)

Update - Nuno, pode ser em preto sim senhora. Ao vivo até é mais bonita (se bem que menos retro) para além que vai condizer melhor com a Bimby que andas a planear me oferecer por este Natal ;P

Coisas giras de sábado

Ir ao Colombo comprar uma prenda a amiga que fazia anos, e aproveitar a viagem para fazer uma visita à Aldeia da Paz

Apreciar com orgulho a obra prima final E depois escolher o melhor local para as deixar

Terminar o dia numa grande festa, e experimentar a voz numa divertida sessão de karaoke


Regressar a casa e descansar.

Gastronomias

Depois dum domingo passado com os avôs:
"ò mãe o nosso almoço foi carne de cabrito com arroz de meninos" ... isto quando falha o nome certo, resulta sempre o truque das aproximações :))

Catarina e a Prenda Mágica

Da janela do quarto, todas as manhãs a Catarina ia vendo os amigos lá fora, a correrem, para a carrinha da escola, lançando-lhe beijos que com o frio se transformavam em pequenos flocos de neve brilhante. Ela retribuía com um sorriso quente, mas de lágrima a espreitar, triste por mais uma vez, não os poder acompanhar. Um mês tinham dito os médicos aos pais. Pelo menos um mês sem sair de casa, nem por meia hora, nem para brincar no jardim. A doença tinha sido séria, e agora era preciso ter muito cuidado com as correntes de ar e as mudanças de temperatura. E para já, também não era bom que os amigos lá fossem a casa brincar. Tinham-lhe dito que era por causa duns tais de germes.
- Germes?! – Tinha repetido com a cara feia de quem, não percebendo do que se trata, não tinha gostado do nome.
Nos primeiros dias não tinha sido muito mau. Como ainda estava fraca, os pais estavam sempre com ela no quarto, a mimá-la e a brincar, mas agora, que já se encontrava melhor, a rotina tinha voltado à casa. O pai saía todos os dias cedo para tratar da quinta, e a mãe tratava da casa e do negócio das compotas, enquanto a Catarina, já cansada de brincar sozinha, passava os dias saltitando entre a cozinha onde ajudava a mãe a descascar a fruta e a janela onde, lá longe, ia vendo o pai a trabalhar num tractor.
Naquela manhã, com o coração ainda mais apertado de saudade do que era costume, correu a abraçar a mãe, perguntando entre soluços:
- Quantos dias faltam mãe? Poucos ou muitos?
Ainda antes que a mãe lhe pudesse responder tocaram à porta.
Quando a porta se abriu e a Catarina viu a avó Lucília, não conseguiu conter a alegria.
- É a avó, é a avó! – gritava aos pulos, à volta da velha senhora, que com dificuldade e entre risos, lá ia tentando equilibrar, nos braços, uma enorme caixa branca donde caiam, quase rente ao chão, as pontas, dum também enorme laço vermelho.
- Calma Catarina – dizia-lhe, também a rir a mãe, enquanto ajudava a avó com a mala e com a caixa, receosa de que a alegria espalhafatosa da pequena fizesse cair a pobre senhora.A Catarina adorava a avó Lucília. A avó que cheirava a bolos acabados de sair do forno e a histórias de princesas e duendes mágicos. A avó que a aconchegava na cama e começava todas as histórias com a mesma frase de sempre: Num futuro não muito distante… - como se os dragões e os reis fossem coisa normal da vida, e estivessem ali mesmo na esquina da imaginação, prontinhos a saltar para a frente dos nossos olhos.
Só findas as saudades que sentiam e, quando cansadas de tanto rodopio, se deixaram cair no sofá, é que a Catarina voltou a notar a enorme caixa branca com um, também enorme, laço vermelho.
- Aquela prenda é para mim, avó? – Perguntou com os olhos a brilhar a Catarina, que adorava receber prendas.
- Sim, respondeu a avó, mas aquela não é uma prenda qualquer – continuou a avó em jeito de segredo - Aquela é uma prenda mágica.
A Catarina nunca tinha visto uma prenda mágica, mas o que estava ali, à sua frente no chão da sala, parecia-lhe uma prenda normal.
- Então se é mágica faz o quê? – Perguntou, desconfiada, a Catarina à avó.
- Lá dentro está um tesouro muito especial.
- Um tesouro?!
Como a Catarina não parecia querer acreditar, e acreditar é coisa muito importante quando se trata de coisas mágicas, a avó decidiu que o melhor era abrirem a prenda.
A Catarina nem precisou de que a avó acabasse a frase, e num instante já tinha desfeito o enorme laço vermelho e tirado a tampa da caixa, deixando a descoberto entre folhas de papel de seda de muitas cores, umas galochas prateadas muito, muito brilhantes, decoradas, junto à sola, com pequenos corações cor-de-rosa.
- Mas… são só umas botas de borracha - disse a Catarina um pouco desanimada.
- Catarina, lembra-te que tens de acreditar. – Relembrou-lhe a avó – E bem, estas não são só umas botas. São umas Galochas Prateadas. Um verdadeiro tesouro no mundo encantado das fadas. Sim - continuou a avó perante o ar espantado da Catarina - e só existem 3 pares em todo o mundo.
- Só três? – perguntou a menina.
- E ao que sei, este é o único que existe fora do mundo das fadas. Foram dadas ao avô Sebastião por uma fada apaixonada por um gigante muito tímido, a quem ele, em tempos, salvou duma situação perigosa.
A Catarina já tinha ouvido muitas histórias sobre as viagens mágicas do avô Sebastião, mas não sabia que ele tinha conhecido fadas e gigantes.
- E que magia é que elas fazem avó?
- A maior magia de todas, respondeu-lhe a avó a sorrir - Fazem a magia da alegria. Quando por exemplo, uma menina, como tu, está doente e triste por não poder brincar com os seus amigos, calça as Galochas Prateadas, e nesse preciso momento, dá-se uma magia e um enorme sorriso nasce-lhe no rosto, deixando-a bem-disposta para o resto do dia.
Entusiasmada com a ideia, a Catarina não quis esperar nem mais um segundo. Descalçou os ténis e, com a ajuda da avó, calçou as Galochas prateadas, que por mero acaso pareciam mesmo feitas para a medida do seu pé.
- Olha avó, acho que também me está a nascer um sorriso – disse a Catarina bem-disposta.
-Pois é – concordou a avó – E agora já sabes, sempre que te sentires triste basta calçares as Galochas Prateadas e em menos de nada vais ter um sorriso na cara.
Estavam tão entretidas na conversa sobre as Galochas Prateadas que nem deram pela chegada da mãe que as vinha chamar para o almoço.
A caminho da mesa, a Catarina puxou a manga à avó, e perguntou-lhe baixinho:
- E feitiços avó, as Galochas Prateadas também fazem?
- Acho que não minha querida, respondeu-lhe a avó no mesmo tom, porquê?
- Se fizessem podia mudar o almoço, é que eu não gosto mesmo nada de bacalhau com grão.
A avó e a menina não puderam evitar uma gargalhada.

Desta vez não fomos as vencedoras, mas demos mais uns passos em frente na experimentação do Conto Infantil. Cá por casa a história fez um enorme sucesso e quase todos os dias se fala da menina que ganhava sorrisos ao calçar as "calochas", e essa é, sem dúvida, a maior vitória.

Será genético?*

A maioria dos portugueses será, porventura, desconhecedora duma coisa a que se dá o nome de Terceiro Sector, ou numa versão mais moderna e politicamente correcta a Economia Social, e mais ainda daquilo que são as Cooperativas, excepção feita às incómodas situações em que o modelo serviu os interesses particulares do grupo A ou B, num elaborado esquema de fraudes e negociatas pouco claras, nomeadamente nas áreas da educação ou da Habitação, que não obstante estarem a longas milhas dos Princípios e Valores Cooperativos, identificam negativamente todo o sector, e negligenciam a informação de que o Terceiro Sector representa cerca de 10% do PIB nacional, e é um dos mais estáveis empregadores em território português.
Mas, na realidade, a culpa maior não recai na Sociedade Civil, nem tão pouco dos meios de Comunicação Social, recai, isso sim, toda e exclusivamente sobre o próprio Sector.
Digo isto com propriedade. Passei 10 longos anos a trabalhar em estruturas cooperativas.
E a realidade é que a vastíssima parte dos dirigentes Cooperativos são incapazes de perceber que o mundo, e o país, não são os mesmos de há 35 anos, e que hoje, face a gigantesca oferta de produtos e serviços, o consumidor está, e ainda bem, mais atento, informado e sobretudo mais exigente. É por isso imprescindível dar-lhe a conhecer os apropriados estímulos, fazer perceber, que o que justifica a adesão a uma Cooperativa é, para além de quaisquer outras eventuais vantagens, a enorme regalia de participar numa organização gerida por cidadãos eleitos sob o princípio de um Homem, um Voto, economicamente participada pelos seus membros, no total respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos, e pela capacidade intrínseca a estas organizações, de se projectarem para soluções inovadoras e versáteis, de forma a dar prossecução às necessidades mais prementes dos seus sócios.
Vem este desabafo no seguimento de ter, recentemente, ficado a saber, que um dos maiores eventos mundiais cooperativos, com estreia no nosso País, no ano de 2008, e com o inicial objectivo de aqui se manter para promoção e divulgação do Cooperativismo a nível nacional e internacional, foi estrategicamente mobilizado pela estrutura de cúpula mundial, para um novo país, a Índia, em grande parte pela total ineptidão das estruturas cooperativas nacionais em: perceber a indiscutível oportunidade que tal realização se revelaria para a economia do sector e fortalecimento da imagem do trabalho cooperativo junto da Sociedade Civil; dinamizarem as suas filiadas, e por sua vez estas, os seus sócios de base, para os benefícios duma iniciativa desta envergadura; sensibilizarem os órgãos governativos para a importância estratégica de centrar Lisboa numa rota de comércio cooperativo, que traria, a cada dois anos, uma média de 5.000 cooperativistas por todo o mundo, em busca das melhores parcerias comerciais.
E a propósito do quê? De meia dúzia de pruridos ideológicos, que condenando ao fracasso este tipo de iniciativas, estão indiscutivelmente a remeter as Cooperativas para um nicho cada vez mais fechado sobre si mesmo, e em situações de crise menos capazes de articular soluções integradas de gestão que lhes permitam dar o salto.
E pergunto-me, porque a metodologia não é, concerteza, desconhecida doutros sectores, será genético?
Com sempre, podem deixar as vossas opiniões, comentários e insultos na caixa de comentários. Para saber mais sobre Cooperativismo e Economia Social: www.inscoop.ptwww.ica.coop

* Crónica para a CRIA+ nº3.
Se estiver interessado em receber esta newsletter por favor envie e-mail para monica.cunha@netcabo.pt , colocando no assunto CRIA +.

Não sei se o mais ridiculo ...

é o carro ter sido rebocado "em virtude de ter sido detectada estacionada indevida e abusivamente" à porta da minha própria casa (????!!!!) ou o facto disto ter acontecido no passado dia 26 de Outubro e ninguém ter dado pela falta do mesmo... :/

Incongruente

Ando sistematicamente com a mala aberta, quase sempre a pedir a intervenção da mão alheia, mas refuto liminarmente a ideia de comprar malas sem fecho.

Contos que se contam aos mais pequenos

Foi lançado o desafio, e desta apeteceu-me corresponder. Os requisitos não eram fáceis. A ideia andou por aqui, a germinar, criou raízes e passou ao papel, ou melhor, à folha branca do ecrã.
Ainda com falhas, situações pouco exploradas, e talvez até demasiado óbvia, mas vá acho que não ficou muito mal para a estreia na difícil atmosfera do conto infantil.
***
Todos os anos era a mesma coisa.
No dia 31 de Outubro, a mãe acordava-a cedo para se prepararem para a exposição na mercearia da Ti’Emília. Sempre vaidosa, nestes dias, a mãe era ainda mais atenta aos pormenores, e depois da banhoca, pegava numa toalha especial e esfregava-a, esfregava-a, esfregava-a tanto que quando acabava, a aboborinha parecia mais uma estrela cintilante do que uma abóbora -menina.
Todos os anos era a mesma coisa.
Tanto trabalho, para depois as crianças entrarem na mercearia da Ti’Emilia e, ofuscadas pela luz laranja das outras abóboras, nem sequer olharem para o seu belo verde e forma esguia.
Todos os anos era a mesma coisa.Todos, mas não neste.
Farta de se sentir diferente, a Abóbora-Menina, decidiu que chegara à altura de fazer uma visita à Bruxa Luxa para lhe pedir ajuda.
- A Bruxa Luxa sabe tantos feitiços que de certeza que ela me vai conseguir ajudar a ficar assim mais bonita, redonda e laranja.
Como a bruxa vivia um bocadinho longe, num castelo feito de gomas e rebuçados, a Abóbora – Menina, preparou um belo lanche para o caminho, e escreveu um bilhete à mãe, para ela não se preocupar.
Depois de já estar andar há um bom bocado, começou a sentir fome. Por isso decidiu sentar-se à sombra duma grande árvore, mesmo ali à beirinha do caminho.
Quando estava a tirar o seu farnel, começou a ouvir, lá muito ao longe, um estranho som. Assustada a abóbora-menina ficou de vigia. Quem seria? Alguma bruxa que vinha visitar a Bruxa Luxa?! Toda a gente sabia que a Bruxa Luxa, não era como as outras Bruxas. Era mais simpática e sem verrugas. Mas a Abóbora-Menina sabia bem que as outras bruxas não eram assim. Algumas eram mesmo muito más.
Enquanto se ia arrepiando a pensar nas maldades que as bruxas faziam às abóboras, especialmente nesta altura do ano, o estranho som ia-se aproximando mais e mais do sítio onde se encontrava, quando de repente, sem que ela me apercebesse, saiu detrás do estranho arco musical, um anão.- Olá!
– Disse bem-disposto o anão – Então, estás perdida? És muito pequena para andar por aí sozinha.
- EU NÃO SOU PEQUENA! – Respondeu amuada a Abóbora-Menina – Eu já tenho 5 anos.
- Pronto, pronto, não fiques zangada. – Respondeu de imediato o anão. - Não te queria ofender. Pensei que podias precisar de ajuda.
- E tu quem és? – Perguntou a Abóbora–Menina, aborrecida com a estranha visita.
- Desculpa. Nem me apresentei, eu sou o Anão Sabichão. E este é o meu berimbau.
- Berimbau?! – Repetiu confusa a Abóbora-Menina.
- É um instrumento musical – explicou a rir o Anão Sabichão. E então o que te traz por estas paragens? – Tornou a perguntar o Anão, que para além de Sabichão também era muito curioso.
- Vou visitar a Bruxa Luxa.
- Ai sim?! Então porquê? Tens algum problema?
A Abóbora –Menina não gostava muito de contar as suas coisas, muito menos a estranhos. Mas o anão parecia ser boa gente, sempre a sorrir e a tocar, e a verdade é que lhe apetecia companhia. Assim, meio a custo, lá explicou ao Anão Sabichão as razões da sua tristeza.
- Por isso decidi vir visitar a Bruxa Luxa, percebes?! A ver se ela me ajuda. – Concluiu a Abóbora-Menina.
-Hummm….- Ia dizendo o Anão Sabichão enquanto coçava a cabeça – Sabes, acho que é melhor contar-te uma história.
Atenta, porque adorava ouvir histórias, a Abóbora-menina ajeitou-se bem junto à árvore.
Há muito, muito tempo – começou ele – também quis mudar de aspecto. Queria ser grande como os meus amigos. Onde vivíamos só eu e os meus pais éramos anões. Os meus amigos diziam para eu não me ralar com isso, mas havia sempre miúdos com risinhos marotos que me faziam maldades e me punham a chorar. Assim um dia, acordei, e como tu, pus-me ao caminho do castelo da velha Bruxa Luxa. Quando lá cheguei e lhe expliquei a razão da minha tristeza, ela deu-me logo o feitiço. Bebi-o de imediato. Quando estava de regresso a casa, comecei a sentir os efeitos. Estava cada vez maior. Os sapatos arrebentaram, as calças ficaram mais curtas e a camisa… bem a camisa nem te digo, ficou num farrapo. Quando cheguei à aldeia, estava enorme e ansioso por ir contar a todos as novidades. Corri para casa, mas quando lá cheguei não podia entrar. Não cabia. Os meus pais assustados com o meu tamanho, correram a esconder-se. Os meus amigos, sem me reconhecerem, recusavam-se a ouvir-me. Fiquei totalmente sozinho. Queria tanto, mas tanto ser maior, que me esqueci que aqueles que me conheciam, gostavam de mim tal qual como eu era. Baixote e bem-disposto. No mesmo momento corri novamente para o Castelo da Bruxa Luxa e obriguei-a a dar-me novo feitiço. Mas agora para voltar a ser como era.
Quando acabou, a Abóbora-Menina olhava-o de olhos arregalados.
- Nunca tinha pensado nisso - disse ela algo preocupada.
- Sabes Abóbora-menina, disse-lhe o Anão. O importante não é sermos iguais aos outros. O importante é aprendermos a ser felizes tal e qual como nós somos.
A Abóbora Menina, levantou-se dum salto, e disse: Sabes Anão, acho que realmente és mesmo muito Sabichão. Vou mas é voltar para casa e descansar porque amanhã, acrescentou com orgulho, tenho de ir mostrar a minha beleza verde lá na exposição da Ti’Emília.
Neste dia, a Abóbora – Menina aprendeu uma grande lição, mais importante do que a cor, altura ou forma, o que é preciso é termos orgulho em ser quem somos, mesmo que sejamos diferentes de todos os outros.

ahhh!!! e dizem que fui a vencedora desta semana. :)

Eu ainda sou do tempo

Em que usar chinelos em pleno Outono ou bota de camurça na brasa de Agosto, eram sortilégios que nem ao Diabo lembrava.
Hoje que trabalho num bairro onde as tribos urbanas são jovens, bonitas e cosmopolitas, arregalo os olhos treinados ao olhar do Alfaiate, e esboço um leve sorriso quando uma rapariga de manga cava e bota alta de camurça se cruza com o puto da havaiana clássica e sweat de capuz colocado.
Eu ainda sou do outro tempo, mas acho que gosto muito mais deste.

Inquietude...

é o que me causa esta indecisão sobre que imagem adoptar para o meu blog. Blerrghhhhhhhh!!!!!!!!!!!

Não sei se já vos tinha dito

mas eu A D O R O estas boneca E este desabafo assim perto do Natal é pura coincidência... a sério! )

Darwin Rocks*

Foi a estreia da I. no escurinho da sala de cinema, e portou-se muito bem. Fomos ver o super divertido Força G e recomendamos!

* Não o próprio, mas a personagem principal do filme de hoje. Se bem que o primeiro também lhe dava com alma :)

Apresento-vos ...

os meus netos!

Da Esq. para a Dir. - A Sara, a Rita que "é uma maluca que está sempre a bater ao Gui", o Diogo, também conhecido por Leão, e o bébé Gui, o tal que é espancado a toda a hora.
Curiosamente só o mais pequeno é que tem idade diferente, 1 ano. Todos os outros, não sendo gémeos têm 4 anos. A vida tem destas coisas! :)

La Famiglia

Hoje é que foi!


Ah e tal, e mais o coiso .... e pronto, foi assim.

Olá cinquentona!

Quando era pequena, um destes fazia-me abrir o sorriso, até porque a minha mãe insistia em me dar mais vezes o Epá. Ainda hoje, e enquanto outros se deliciam como Magnum's e outros que tais, a minha preferência vai para o velho clássico.
O Super Maxi é que é ... e, vá o Corneto de Morango ou Chocolate também.

Cork Block Shelter

Depois do alerta vindo daqui, passei por lá para dar uma vista de olhos, e votei. Em consciência e pouco preocupada com o aspecto nacionalista da coisa. Por acaso até votei no arquitecto português, mas só e apenas porque me pareceu de longe o melhor projecto. Naquele abrigo eu alojava-me, nos outros nem tanto.
Já nessa altura a preferência do público era destacada, hoje oiço na rádio que foi mesmo o projecto vencedor. Ainda bem.

"Miuçando" os conhecimentos

"Gato Fedorento miuça os súfagios" - ouviste mãe como eu já sei, diz-me a M. depois do anúncio ao programa.
E sabes o que isso quer dizer? Perguntei-lhe, como sempre faço quando acho necessária uma achega explicativa, mas de imediato arrependida ao tomar consciência da enormidade da tarefa. Mas depois de falar já não há volta atrás e por isso lá dei o meu melhor, que face a um par de olhos arregalados, lá terminou com o inevitável - É um bocadinho difícil não é?! A mãe depois volta a explicar.
Rematado depois por ela com um
"Ò mãe explicas quando eu for mais velha, tá bem?!... Assim quando eu tiver uns 6 anos, tá bem?!

Boas notícias


Confirmados para o dia 5 de Dezembro no Festival que nos põe a correr a Avenida como se não houvesse amanhã (dizem)
A ver se este ano não surge nenhuma complicação de última hora!

AVISO IMPORTANTE

Como eu sou uma baril, e a minha filha mais velha uma beleza de miúda, a Jodie (australiana criativa e habilidosa) responsável pela Aunty Ollie decidiu oferecer durante 1 semana a todas as minhas amigas 15% de desconto na compra de produtos da marca.
Para isso basta irem ao site http://www.auntyollie.com/ e no formulário de compra e colocarem no espaço adequado às promoções o código "MARGARIDA".
Agora façam-me o favor de não me deixar mal vista!
Tudo a comprar os padrões de Verão e Inverno para menina ou menino (que também têm coisas lindas). Atenção ainda à info sobre os tamanhos.
Então ainda aqui estão ... vão mas é às compras :)

Por momentos senti-me a Pipoca mais Doce da blogsfera dos pobres ....

Bem...

atendendo à ausência de comentários jocosos sobre o Mikael, percebo que afinal eu é que devo andar fora de modas. As minhas leitoras, todas as cinco, (que a sexta comentou) a-d-o-r-a-m o imberbe cantante nacional.
Livra!!!

Dos genes é que não é concerteza!

A minha mãe ofereceu à M. vai para mais dum ano uma máquina fotográfica da Fischer Price. Gira. Cor de rosa com uns desenhos florais, mas mais importante resistente à dureza das brincadeiras infantis.
Não sendo uma coisa que elas usam diariamente, a máquina, é contudo dos brinquedos mais utilizados pelas duas. Acho mesmo que integra o lugar cimeiro do top 5 cá da casa, em concorrência directa com as duas Jaggets que fazem as delícias dos seus instintos maternais.
Ora nas mãos de uma, ora nas mãos de outra, a máquina vai-nos acompanhando nas situações rotineiras das passeatas, idas ao escorrega, viagens para Marvão e até mesmo o dia a dia lá da escola.
O que me surpreende, é que as gaiatas têm bom olho. Seja por sorte de principiante ou circunstância do momento, a verdade é que cada vez que descarrego o cartãonde memória, me surpreendo com a subtileza do olhar, e sobretudo pelas coisas que lhes despertam atenção...geralmente quase todas as que nos escapam do olhar "crescido".
Desta vez achei particular graça aos auto-retratos.

Maxmen Style


Reza o anúncio da marca que esta é "a revista que sabe o que os homens querem". Vai daí neste número da versão Style, escolheram como role-model o Mikael Carreira.
Se o aspecto do Mikael é o que os homens querem, não me admira que cada vez haja mais mulheres solteiras!

Atendendo que para vos ilustrar, ainda que em versão mini, este belíssimo post, passei vários momentos de consternação emocional face a blog e sites (e tive taaannnnnto medo!) dedicados a esta personagem da cantoria popularucha, façam o obséquio de comentar, nem que seja para me mandarem à merda.
Agradecida.

Oferendas das Arábias

Chegaram hoje (finalmente!) pelo correio. Vêem do Emirados Arábes, feitos com carinho pelas mãos habilidosas e criativas duma australiana.
São ou não são LINDOS?!

Lisboa

O cheiro intenso a maresia acompanha a melancolia que nasce da Cidade antiga.
Do recorte de cores pardas, a irromperem o céu insistentemente azul e soalheiro, saltam à vista as memórias dos conquistadores. O castelo lá no cimo em cautelosa vigilância, as cúpulas imponentes dos templos religiosos, o panteão cheio de força.
Deixa-se correr o olhar e a paisagem oferece-nos ainda, o padrão dos descobrimentos e a Torre sabor a nata, repousando finda a viagem na tranquilidade do Tejo soberano. No atento olhar, são as colinas revestidas a Saudade e a Fado, rasgadas pelos vultos da arquitectura moderna e desembargada, que emocionam.
É a Lisboa, menina e moça, do velho poeta, salpicada por rasgos de modernidade cosmopolita.
A luz que teima em não deixar de brilhar.
É Lisboa lá ao fundo, a palpitar.

O Amor não é Democrático*

Novos Fados
Desta vez não foi fácil escolher o tema da crónica. Não tanto pela falta de assunto, mas mais pela quantidade deles.
Desde o não caso das escutas, à atabalhoada comunicação do Presidente da República ao País, passando pela vitória tangente do PS, e responsabilidades acrescidas que o voto popular ditou ao parlamento nacional. Já para não falar, nesta semana, dos casos da campanha autárquica e vergonha que não deixa de existir ao ver formigar pelos boletins de voto de tantos municípios, candidatos a contas com importantes processos judiciais, isto sem falar dos que até já condenados foram. Enfim um mundo.
Conduziu-me no entanto, a vontade para um assunto diferente.
Comemora-se por estes dias 10 anos sobre a morte da Amália. A tal, que muitos afirmam sem pudor, ser a maior fadista de todos os tempos. A efeméride recheou-se de iniciativas. Na televisão as reportagens e filmes biográficos encheram os programas. Na rádio ouviu-se “A Gaivota” como nunca antes, versão original e projecto Amália. Nos museus nasceram exposições para todos os gostos, desde os vestidos às partituras. Se foi cantado, vestido ou tocado pela Amália é espólio a conservar.
Desengane-se contudo, desde já, o leitor, que pensa que o motivo da escrita desta crónica sobre a defunta, decorre dum gosto maior pela intérprete ou pelo género musical. Longe disso!
Na realidade pertenço, ou talvez tivesse pertencido, àquela pequena franja de nacionais que não se movem pelo cantar popular. Houve mesmo momentos da minha vida, em que obrigada pelo dever profissional, agonizava em silêncio durante horas, enquanto os grupos internacionais que acompanhava se deliciavam a ouvir o pranto cantado dos fadistas do Bairro Alto, emocionando-se sistematicamente com o poema, que não entendendo lhes atacava forte a alma.
Nos últimos anos contudo, sinto que algo se mudou em mim. Não sei se fruto da idade ou das vivências que inegavelmente vão deixando marcas, a verdade é que agora dou por mim mais atenta à mensagem do poema. Susceptível ao lamento melancólico de cada fado. Ao tocar sentido das guitarras. Ouvir, por exemplo, o “Povo que lavas no rio” cantado pela Amália (para mim uma das mais extraordinárias imagens do filme com o mesmo nome) é o mesmo que pedir pela mais comovente cena de filme trágico. Faço no choro, jus ao nome da minha filha mais velha.
Durante algum tempo, andei desconfiada que isto era coisa que me acontecia só naqueles dias do mês. Afinal, sou daquele tipo de mulher, que durante, pelo menos 5 dias, perde a batalha das hormonas, deixando-as andar assim em ritmo de pomba gira. Espalhafatosa e rabugenta. Um mimo, asseguro-vos!
Mas contra vontade, lá tive de admitir que ou tinha passado a ter períodos menstruais de 30 dias, ou talvez realmente algo de diferente se estivesse a passar comigo.
O choque maior veio ainda mais recentemente. Num súbito fascínio pela personagem da Carminho, dei inexplicavelmente por mim a correr as prateleiras organizadas da FNAC, na zona dos fadistas e cantantes nacionais…à procura do cd da moça. Foi o pavor! Juro-vos que quando voltei a mim senti o suor frio a escorrer pelas faces.
E então porquê escolher Amália como tema central da crónica, perguntam aqueles, que resistentes, se aguentaram a ler o texto até aqui.
Porque, meus amigos, isto anda a dar cabo de mim, e preciso de respostas. Respostas claras e responsáveis.
Afinal é preciso ser crescido para aprender a gostar do Fado?

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Hoje é que foi!

Desde há anos que quando os vejo ao longe, o meu coração estremece. Involuntariamente, ajeito levemente o cabelo, endireito as costas, e desacelero o passo. Penso sempre, desta vez é que é, de hoje não passa. Encho-me de confiança, ilumino o sorriso, e asseguro-me de que levo na cara o ar de quem tem a sua decisão tomada.
Desde há anos que me convenço que serei bem sucedida, mas regresso sempre ao sucesso inglório.
Hoje…hoje contudo tudo foi diferente.
Passei a primeira no costumeiro passo vagaroso, e nada. Segui na rota do segundo, ainda num misto de esperança e desdém, mas houve quem assumisse o posto em minha antecipação. Certa de que afinal era só um ano igual a qualquer outro, segui caminho quando, à beira da terceira, a voz me interrompeu o passo já em marcha corrente, para dizer “Faz favor, é para a sondagem à boca da urna da SIC”.
Abri o sorriso de vitória. Gloriosa armei-me da caneta que levava fechada na mão, peguei no boletim simulado e com orgulho respondi. “Pois concerteza! Será um prazer!”

Ainda agora, horas depois, mantenho o sorriso de quem já pode, com orgulho, afirmar- Sim, eu já respondi às sondagens à boca da urna!

Embuída do espírito Fame*

a passagem de hoje pela H&M deu nisto... :)

*O que é que querem, ando com vontade de ver o remake.Foi, muito provavelmente, a minha série preferida na infância/pré-adolescência.

Al Mossassa - Marvão 2009

Houve cobras enroladas ao pescoço dos artistas, corujas vindas de propósito de Hogwarts ;), abutres que faziam estremecer a morte, orquestra e danças orientais nos jardins do Castelo, tatuagens em Henna e doçaria de nos tirar do sério, comerciantes de artigos mais ou menos inspirados nas arábias, e gente, muita, muita gente como é raro ver em Marvão.
Se dúvidas tivesse (que não tenho, nem tinha) de como se dá vida às Vilas de Portugal, ficou visível que animando culturalmente, se enriquece o tecido social e económico.
Nota negativa contudo para:
_ a música oriental que se projectava nos megafones das ruas desde as 10h da manhã às 23h da noite, mesmo mesmo ali junto às janelas da nossa casa;
_a muita, muita gente, que se fazia acompanhar por muitos, e ainda muitos mais carros;
_a entrada a 1 euro, não pelo valor, mas porque a partir de determinada hora quem estava à porta partia para a festa e daí em diante entrava-se à borla, e a coerência é coisa que sempre me agradou.

Orgulhosamente só

lá mandou de belém a sua mensagem por ocasião da celebração da República.
E não obstante o importantíssimo conteúdo da mensagem, esqueceu-se de deixar a má disposição e o tom autoritário lá em casa com a Maria.
Assim se perdeu mais uma oportunidade de tentar incutir nos portugueses a semente do empreendedorismo social, cultural e político.
É o que temos...

Começou o martírio

De não saber o que calçar pela manhã.
É que eu não sou rapariga de calçado meia estação. Ou uso sandália ou bota. O mix calor/potes de água não combinam com a selecção existente lá em casa nem com as características dos pés aqui da princesa.
Arrggghhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O Seu Silva falou ao país

E tal como tem vindo a ser seu hábito, abriu a boca e nada mais do que uma gigantesca verborreia de absurdos incongruentes se consegue repescar do discurso pobre e mal lido.
Ora o Seu Silva diz que está sempre preocupado com o País, com o que é melhor para o País, mas estranhamente, pareceu-lhe que o melhor para o País foi alimentar por mais de 10 dias um não assunto, pouco dignificante para as instituições do Estado, e muito particularmente para o cargo que, maldita hora, ocupa. Tudo quando o podia ter encerrado, por via própria ou através dos Chefes da Casa Civil e/ou Militar, em 3 linhas de discurso na ocasião e timing apropriados.
Disse ainda, o Seu Silva estar preocupado com a segurança dos seus importantíssimos e-mails e documentos informáticos, mas pasmem-se os capazes de dois dedos de raciocínio, em saber que não obstante a alta preocupação com a segurança e as possíveis (medo, medo!) escutas, o Seu Silva demorou os mesmos 10 dias a assegurar-se se a rede informática e de comunicações era ou não efectivamente segura.
Tudo isto relembre-se em nome do País.
Ora a mim, cidadã consciente e respeitosa espectadora daqueles 20 minutos de falácia presidencial, quis-me parecer que realmente o que lixou o Seu Silva foi o facto de alguns dos “altos dirigentes do PS” terem tido a desonradez de lhe atribularem o período de vacciones com a Maria, por ocasião da discussão do veto ao Estatuto dos Açores, com a desfaçatez posterior de o terem aprovado e tudo. Bem como o estado de iminente perigo em que se encontram as receitas de ingrediente secreto que a Maria envia do pc do Gabinete para Teresinha que se encontra no Brasil.
E é assim, desta forma singela, que me leva o Seu Silva a ter de concordar com o monárquico (coitado!) que divide paredes comigo, quando me afirma, se “o gajo fosse o Rei era deposto e pronto!”
Não dá para encontrar uma solução assim igual para o tipo que está em Belém?

Assumir os erros é saber crescer

19h32 - a primeira previsão sobre a taxa de abstenção, infelizmente, aumentou. É triste!

Sobre o dia de hoje

Ando cansada.Por bons motivos, diga-se. Mas cansada. Corpo e raciocínio. É por essa razão que me tenho escusado a grandes posts. Não me sinto particularmente eloquente. Hoje o dia não é diferente, continuo cansada e sem grandes capacidades de escrita, mas o dia é importante. Muito importante. Sinto um certo frenesim no ar. As mesas de voto pareceram-me mais cheias. Nas mesas ao lado, enquanto almoçávamos, as conversas pairavam sobre o momento eleitoral. Sinto (e tenho esperança) que hoje a grande surpresa seja mesmo as reduzidas taxas de abstenção. Para quem, como eu, estudou Ciência Política, o período que se tem vivido nas últimas semanas, acresce de particular interesse. Estas não são claramente, umas eleições quaisquer. Estas são umas eleições à moda antiga. Na disputa. Estas foram (finalmente) as eleições em que os debates que antecederam a “campanha na rua” foram de discussão de ideias, de ideologias, de linhas programáticas para o país. Uns melhor outros pior, mas de longe muito mais do que em anos anteriores. Este foi um ano em que as eleições foram, efectivamente, p o l í t i c a s. Hoje muito se decide. Quem ganha, quem sobe, quem desce, quem se demite, quem perdendo sempre vai ganhando. A maioria. Há cerca de dois anos, quando entre o meu círculo de amigos, conhecidos ou anteriores colegas de trabalho, surgiram as primeiras discussões sobre a próxima legislatura, fui assertiva ao afirmar que Sócrates e o PS, chegaram a um segundo mandato. Mais um mandato em maioria. Nessa altura como hoje, poucos foram os que acreditaram na minha “profecia”. A da maioria, entenda-se. Mas continuo assertiva nesta convicção. O PS ganha e, com maioria. Os resultados logo me darão, ou não, razão. Mas hoje, melhor do que ganhar, e ter a certeza da continuidade dum caminho em que acredito, estou feliz por voltar a sentir o tal frenesim de noite eleitoral. A expectativa crescente, a contagem dos minutos para a saída das primeiras projecções. Hoje sinto-me feliz por sentir (espero) , que o país, o meu país acorda para a Cidadania.

Nos antípodas

É a vida moderna no seu melhor.
A clinica que trata do excesso de peso, obesidade e flatulência paredes meias ao símbolo máximo da comida, vá menos saudável.
Coma aqui que perde depois mesmo ali ao lado... ou vice-versa.

Na rota do melhor Brunch

sábado foi dia de experimentar o dito no café Magnolia, Av. Miguel Bombarda.
Em estilo buffet.

É tão bom

levar trabalho para casa e ganhar umas mãozinhas extra de ajuda :)

Team Gabardine

enfrenta, corajosamente, a intempérie da manhã! :))

Evidências #2

Os jornais desportivos de hoje anunciam o "regresso" de Nuno Gomes.
Juro que nunca vi ninguém conseguir "regressar" tantas vezes como este homem, é que é semana sim, mês não.
Depois persegue-me a interogação, mas afinal donde é que ele "regressa"?
E por fim, interrogo-me com inquietação, no sítio donde ele "regressa", não haverá alguém que queira ficar com ele?

Evidências #1

Uma mentira dita vezes sem conta acaba por se tornar numa indiscutível verdade...ou não.
"Estou preparado para ser 1º Ministro" - Paulo Portas

Mais uma para a colecção

A minha filha mais velha premeia-nos com alguma frequência com tiradas de fazer rir as pedrinhas da calçada, mas ainda assim, existem ocasiões em que a honestidade das respostas, e sobretudo o ar absolutamente sério que adopta para as proferir nos consegue tirar qualquer reacção, que não o riso solto.
Isto a propósito duma situação ocorrida no passado domingo. Estavamos já no after-party da festa da irmã, e enquanto, fascinada, lá ia acompanhando o meu trabalho na quinta virtual, ia falando nos meus novos vizinhos. Neste processo, e porque tinha acabado de ganhar uma quinta elevada ao estatuto de plantação, digo-lhe em jeito de graça para dizer à sua educadora, para esta por sua vez dizer ao namorado, e a uma das auxiliares do infantário, o meu obrigadinho por serem meus vizinhos e terem facilitado o, desejado, upgrade, quando ela, se vira de olhar arregalado e cansaço estampado no rosto e diz-me:
- ó mãe, o melhor é escreveres num papel, que isso assim é muito complicado!
:)

Da Manuela Moura Guedes, Jornal de Sexta, TVI e afins

e para quê escrever uma linha que seja sobre este assunto, se o mesmo está tão excelentemente descrito e explicado aqui.

Pró Convívio 2

E se o meu anterior post sobre este assunto, só por si não vos entusiasmou, tenho a acrescentar que a equipa mais rápida e com a totalidade de respostas certas recebe como prémio passagens aéreas Lisboa -Paris, e a equipa com o melhor álbum fotográfico da "expedição" um jantarinho a dois na Brasserie Flo.
Não está mal, hã?!
Mais informações aqui

(Aqueles que já confirmaram não se esqueçam de fazer a inscrição quanto antes.)

Viajar pela imaginação

Seja pelo cansaço que as viagens de carro lhe causam, ou pela imaginação fértil que teima em aparecer em diferentes situações, a verdade é que as nossas manhãs, são de há uns dias para cá, povoadas por seres que nos alegram a rota e ajudam a ultrapassar o tráfego rodoviário.
Hoje, foram dois, um esquilo que comia bolotas e um coelho que se deliciava com uma fatia de bolo de chocolate.
As manhãs assim são (realmente) muito mais divertidas.
:))

Para novidades fresquinhas...

...é fazer uma visita à casa do Coração :)

Pró Convívio

O bom da Kaffeehaus não é só a comida, a limonada, o ambiente ou mesmo a música ambiente. O bom é tudo isso e mais as paredes forradas a informações culturais para todos os gostos e carteiras.
Dentre elas saltou-nos à vista esta - Rally Paper Fotográfico a decorrer no próximo dia 26 de Setembro, e no qual, apesar de meio coxa, nos vamos inscrever. Mas como somos uns gajos dados ao convívio e às massas, gostávamos de vos convidar, amigos amantes da objectiva mágica, para nos acompanhar.
A inscrição é feita em duplas e... tchrannn, gratuita, por isso vá de se organizarem, para passarmos um dia bem divertido à procura de Paris em Lisboa.
Estou à espera da resposta.

No regresso dos dias a dois

Acabar a noite de sexta no cinema, acordar tarde e espreguiçar o corpo pelo Chiado. Comprar a prenda de anos para a mais pequena, entrar nas livrarias e nas lojas de artesanato urbano, e saborear as cores e os ritmos da capital. Respirar Lisboa e acabar o dia na Kaffeehaus, a desfrutar dum brunch, ao sabor fresco duma Limonada de Groselha.

Calafrio

Li hoje no jornal Metro que Whitney Houston volta aos palcos "após um inferno de drogas e de álcool", e interrogo-me e agora quem fica no inferno somos nós?!!!!

Gaffes maternais

Já se sabe que, por regra, fico a perder nos "combates" verbais travados com a lambisgóia maior, mas fico com a tarefa muito mais dificultada quando eu própria lhe entrego os trunfos de bandeja.
No final da semana passada, involuntariamente solto durante a conversa, um - Mas ò M., a que horas é que isso foi? Para de imediato receber, confesso que sem conter as gargalhadas, as seguintes palavras
- E achas que eu sei??!! Eu, por acaso tenho relógio???!!! Não tenho relógio, como é que eu sei a que horas foi!!Ai, ai mãe!!!

Marta

é urgente tratar deste assunto para as manhãs de actividades na escola ;)

Ps: Se o George puder vir incluído era, vá, simpático ...

Só para dizer ...


OBRIGADA INÊS!
FORAM 3 EXTRAORDINÁRIOS ANOS!
:)

Quando se apaga a luz

Ontem, depois dum dia difícil, vi pela primeira vez nos quatro anos em que partilhamos a Vida, apagar-se dos olhos da minha filha mais velha a luz que deles emana, cheia duma tristeza que não lhe posso tirar da alma.
Estou certa de que em breve, inundada pelos mimos em casa e na escola, essa luz regressará, em grande, e este será apenas mais um momento. Um momento somente duma longa vida cheia de alegrias e tristezas. Uma etapa que se a ela lhe vai ensinar que o nosso "coração é elástico"*, a mim ensinou-me, que preparação alguma, me impedirá de morrer de desgosto de cada vez que lhe vir voltar a tristeza ao olhar.
Estava preparada (acho) para tudo isto de ser mãe, esqueci-me foi de me preparar para a deixar viver. Mas estamos sempre aprender.

* Obrigada Joana.

Cinema

A magia de alguns momentos perde-se muitas vezes no facilitismo que a vida moderna, e citadina, nos oferece.
O cinema, por exemplo, deixou de ser, para a grande maioria de nós, um acto de magia inebriante, capaz de nos teletransportar para fora de nós mesmos e da realidade que nos cerca. Com raríssimas excepções já não encontramos em nós a capacidade de encarar o enorme rectângulo de projecção, como algo mais do que isso mesmo, um enorme rectângulo de projecção, esquecendo-nos do imenso poder mágico que aquele formato de tela pode abrir à nossa imaginação e capacidade de sonhar.
Neste final de semana, no decorrer dum acto o mais mundano e inócuo possível, (re)conheci na minha filha mais velha a maravilhosa capacidade de sonhar, quando em frente a uma janela sem vidros de tamanho rectangular, exprimiu com um sorriso maior que a Vida um simples - “Parece um cinema!”, com mesma a alegria de quem sabe, e vê, em cada momento simples da vida as maiores aventuras, e uma enorme capacidade de sonhar.