Lisboa

O cheiro intenso a maresia acompanha a melancolia que nasce da Cidade antiga.
Do recorte de cores pardas, a irromperem o céu insistentemente azul e soalheiro, saltam à vista as memórias dos conquistadores. O castelo lá no cimo em cautelosa vigilância, as cúpulas imponentes dos templos religiosos, o panteão cheio de força.
Deixa-se correr o olhar e a paisagem oferece-nos ainda, o padrão dos descobrimentos e a Torre sabor a nata, repousando finda a viagem na tranquilidade do Tejo soberano. No atento olhar, são as colinas revestidas a Saudade e a Fado, rasgadas pelos vultos da arquitectura moderna e desembargada, que emocionam.
É a Lisboa, menina e moça, do velho poeta, salpicada por rasgos de modernidade cosmopolita.
A luz que teima em não deixar de brilhar.
É Lisboa lá ao fundo, a palpitar.

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