Gaja que é gaja...

Conversa com o Pai ontem no regresso a casa:
M. - Sabes Pai agora sou namorado do Pedro A.
Pai - Ah sim! Então mas o Pedro já não namora com a Pipas?
M. - Sim, namora.
Pai - Então?
M. - A Pipas é a namorada da escola e eu sou a namorada de quando não estamos na escola.
Pai - Ahhh, e a Pipas já sabe?
M. - Não sei.
Pai - E não lhe vais contar?
M. EU???!!! Eu não! A ideia foi dele, ele é que tem de contar!!!
Pai - :/

O meu único consolo é que desta vez não fui eu a traumatizada.:D

Dogs day are Over*

* Não sendo o espírito do dia é o albúm que me tem acompanhado e ajuda a tornar o início de semana mais ...confortável...

O fim último da vida não é a excelência !*

“Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê.
Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito.
É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho. Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos.
A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!”
João Pereira Coutinho
*Recebi hoje este texto por e-mail, e fiz ligação imediata a última sessão da Escola de Pais do Infantário das minhas filhas, e às (mal geridas) expectativas que os pais (genéricamente) fazem para a vida dos filhos. Dou-me, ao ler, ao grato prazer de constatar que fujo (uma vez mais) ao comum, e que tal como diz o N. espero, sinceramente, que as minhas filhas repitam, ainda que à sua maneira, os mesmos erros, que apesar de tudo, me fizeram hoje ser quem sou, sem precisar da prole para realizar as aspirações mais profundas do meu egocentrismo.

Não tem nada que enganar!

Isto quando se nasce com alma de escritor(a) até a dormir se vem de lápis preparado para qualquer inspiração. :D

Depois do jantar de ontem perspectivo um eventual futuro alcólatra para a minha filha mais velha

Ontem jantámos umas belas bifanas com molho de cerveja e mostarda de Dijon (receita daqui) que ela não só repetiu até ver a travessa vazia, como apreciou o molhito e ainda me disse com o seu habitual jeito pespineta "ò mãe vê lá se me pões esta receita num papel para eu dar à tia Lena para ela fazer para o almoço da próxima semana"
Convém acrescentar que a Tia Lena é, tão somente, a responsável pela escola, e a pessoa que define os menus semanais da criançada.
;)
(diga-se que a foto também é roubada do mesmo blog da receita, que o nosso não ficou assim com tão bom aspecto)

Contra factos...

Numa brincadeira com a I. e a M. ia dizendo à I.
- A M. é uma monganita, não é I?!!!
-NÃO! NÃO!, respondeu ela indignada , É uma TONTA!
Ora contra factos ... ;)

Ponto

Há algum tempo atrás, foi diagnosticada a uma das melhores amigas da minha mãe (quase uma irmã) uma leucemia. Assim, vindo do nada e sem se perceber porquê anuncia-se uma doença do sangue. Uma doença que mata. Findo o susto inicial, os internamentos, as quimioterapias, os tratamentos agressivos, entrou numa nova etapa. Uma etapa de limitações e equilibrios, de constante manutenção e doses industriais de químicos. Uma nova etapa em que nada volta a ser como era dantes.
A amiga da minha mãe (quase uma tia para mim e para as minhas filhas) tem mais de quarenta anos. Muitos mais mas para o caso não são relevantes quantos em concreto, e enquanto esteve internada, fez óbvias amizades com outras mulheres em situação similar. Uma delas era uma rapariga na casa dos 20 anos. Lembro-me particularmente dela pela história que me contaram de como lhe foi diagnosticada a leucemia já em estado avançado.
A minha mãe vai hoje ao seu funeral....

Opppsss....

Descobri que a minha veia literária rejubila ao ouvir os Deolinda. Ao primeiro acorde surgem-me logo milhentas histórias e personagens.
Querem ver que tenho alma de escritora popular?! ...ou pior popularucha?!!!!

Happy Easter...

or not!

Se eu podia viver sem a Kaffehaus?...

Podia. Mas não era a mesma coisa.
Porque na Kaffehaus, ao contrário de outros sítios, ainda recentemente falados nos posts deste blog, nunca fico descontente. Porque apesar das obras de ampliação, se mantêm o mesmo estilo cool and cosy. Porque quem nos atende, é, em regra, simpático e atencioso. Porque as crianças não são vistas, pelos donos, e pelos outros clientes, como seres aborrecidos e barulhentos. Porque o cão que acompanha o seu dono, e que lá está sempre que lá vou, já tem a sua tigela de água reservada. Porque durante o tempo que lá estou, estou em todo o sítio menos cá.
Por isso, e desde sábado passado, por isto também.

Beleza Serena

Plain Perfection

Há dias assim. Dias em que o Mundo parece conspirar para que tudo corra bem. A manhã calma na cama, o brunch do costume sem a confusão do costume. As miúdas super bem dispostas. A passeata pelo CCB e pela exposição da "Joana Vasconcelos, mamã" (diz a cada esquina a M., por estes dias uma verdadeira expert em matéria de arte moderna), o sol atrevido de final de tarde na esplanada do Museu da Marinha e, a ideia, assim, totalmente de repente, de que hoje, sim hoje, é que era mesmo um bom dia para as levar ao estádio.
E foi!
Foi dia de gritar “GOLO” cinco vezes.
Foi dia de agitar os cachecóis bem lá no alto. Dia de gritar “Djálo, Djálo, Djálo” e mais “Moutinho” e sempre presente “Liedson”.
Foi dia de ter na fila de trás 3 amigos mais ou menos das mesmas idades, também eles em estreia absoluta.
E de estarmos em permanente aparecimento nos ecrãs do estádio, fruto…talvez, da extraordinária chucha caveira, que a I. se orgulhava de ostentar bem juntinho ao seu cachecol.

Temos garra sim. Garra Leonina!

Doce e Amargo

O fim de semana prolongado, patrocinado pela época festiva do jejum, possibilitou à malta, uns finais de tarde fora da tradicional rotina, e a passeata promotora da gula.
Primeira paragem na Merry Cupcake, ali para os lados do Campo Pequeno. Os queques "ainda por cima sem maminhas" (dixit Nuno) parecem andar na moda e sucedem-se as ofertas dentro do género. Não se pode dizer que os cupcakes são maus. Não se pode dizer porque não são. Mas também não trazem nada de novo. O bolo propriamente dito é de pacote e as coberturas, se bem que docinhas, não trazem sabores de comer e chorar por mais.
Enfim, foi bom para satisfazer o dentinho.
A outra estreia, menos agradável diga-se, foi a visita a dois ao La Finestra. Dos mesmos donos do Di Lucca e altamente recomendado, pela também altamente recomendada Time Out, o La Finestra provou ser a decepção do ano. O ambiente é desagradável e incaracterístico (aquele corredor de entrada, tipo discoteca pirosa da terrinha ia-me tirando do sério), os empregados multiraciais são...digamos que roçam mesmo a má educação, a comida fica aquém do que o cliente costuma encontrar na casa mãe, e para culminar é todo ele um restaurante de fumadores. Enfim, safou-se o Dolce Pecatto, um prosecco em granizado de ananás, que lá foi ajudando a tragar a comida sensabora, e o casal de lésbicas, que entrou a meio da nossa refeição, e que, não obstante a completa discrição, sempre veio dar um brilho adicional ao estuporador do sítio, que não tem gracinha nenhuma. Não se recomenda.