Foi com estranheza, e alguma dor que hoje, me deparei com a possibilidade de perda de mais um dogma. E um que me chateia mesmo vir a perder. Um que me abala a esfera intelectual. Que me obriga a repensar comportamentos. E isso deixa-me lixada!
Sempre disse que um filme “nunca” poderia ser melhor do que um livro. Nunca, jamais. Impossível. Um absurdo sequer de pensar. Os livros são do melhor que a Vida tem, e uma imagem, por muito boa (e se as há!) não consegue traduzir plenamente a beleza da palavra escrita. Mas enganei-me. Redondamente.
Saí do “Leitor” completamente deslumbrada pela beleza da história, pela honestidade das personagens e sobretudo pela capacidade de contar uma extraordinária história de amor (sentido lato) e de Justiça (idem) sem recorrer ao subterfúgio lamechas e piegas, que geralmente pululam este género cinematográfico. Saí de tal forma anestesiada, que pela primeira vez na minha vidinha fui direitinha à primeira livraria comprar o romance escrito. Queria lê-lo com uma extraordinária voracidade. Estava certa que me iria inebriar. Desvendar alguns pormenores, menos ou nada resolvidos na película. Enfim, apaixonar-me! Mas não. As primeiras páginas, lidas ainda na sofreguidão dos primeiros encontros, permitiram o brilho nos olhos, o desejo do reencontro. Mas como um romance que rapidamente se torna morno e indolor, página a página, o texto foi ficando desinteressante, desapaixonado, incapaz de me fixar o olhar e abstrair-me do que me rodeia. Uma lenta e difícil desilusão. Ando a mastigá-lo faz já algum tempo. Com dificuldade. Num esforço que não justifica a tarefa. Numa tentativa de recapturar o que nunca existiu. Em busca duma história fascinante, que sei, bem dentro de mim, não vou conseguir deslumbrar. E com tristeza. Sim, com uma imensa tristeza pela desilusão, e pela possível (muito possível) queda de um dogma que me tem acompanhado desde sempre.
Um filme NUNCA é melhor do que um livro.
Mentira, é bem capaz de haver alguns que o são mesmo.
Bolas!
Sempre disse que um filme “nunca” poderia ser melhor do que um livro. Nunca, jamais. Impossível. Um absurdo sequer de pensar. Os livros são do melhor que a Vida tem, e uma imagem, por muito boa (e se as há!) não consegue traduzir plenamente a beleza da palavra escrita. Mas enganei-me. Redondamente.
Saí do “Leitor” completamente deslumbrada pela beleza da história, pela honestidade das personagens e sobretudo pela capacidade de contar uma extraordinária história de amor (sentido lato) e de Justiça (idem) sem recorrer ao subterfúgio lamechas e piegas, que geralmente pululam este género cinematográfico. Saí de tal forma anestesiada, que pela primeira vez na minha vidinha fui direitinha à primeira livraria comprar o romance escrito. Queria lê-lo com uma extraordinária voracidade. Estava certa que me iria inebriar. Desvendar alguns pormenores, menos ou nada resolvidos na película. Enfim, apaixonar-me! Mas não. As primeiras páginas, lidas ainda na sofreguidão dos primeiros encontros, permitiram o brilho nos olhos, o desejo do reencontro. Mas como um romance que rapidamente se torna morno e indolor, página a página, o texto foi ficando desinteressante, desapaixonado, incapaz de me fixar o olhar e abstrair-me do que me rodeia. Uma lenta e difícil desilusão. Ando a mastigá-lo faz já algum tempo. Com dificuldade. Num esforço que não justifica a tarefa. Numa tentativa de recapturar o que nunca existiu. Em busca duma história fascinante, que sei, bem dentro de mim, não vou conseguir deslumbrar. E com tristeza. Sim, com uma imensa tristeza pela desilusão, e pela possível (muito possível) queda de um dogma que me tem acompanhado desde sempre.
Um filme NUNCA é melhor do que um livro.
Mentira, é bem capaz de haver alguns que o são mesmo.
Bolas!
2 comentários:
Eu bem te dizia que era possível.
É assim, ainda não li o livro "Into the wild" mas cheira-me que é mais um a juntar à lista que julgavas não existir... :)
(Não há "nuncas" que durem para sempre. Aprendi isto. Se é que faz sentido.)
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