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Não sei se foi por ser inesperado ou por razão da necessidade extrema de ter um momento de descompressão na companhia de uma das pessoas de quem mais gosto no mundo, mas a verdade é que o final de dia de sexta acabou por ser uma surpresa absoluta e excepcional.
Não sou propriamente fã de Xutos e Pontapés, muito menos nos últimos anos, onde a música se tornou do mais banal possível e as letras, bem as letras é melhor nem comentar porque são pura atrocidade para quem encara a música como um veículo poderoso de transmissão de uma mensagem e/ou sentimento, por isso a 'oferta' de convite para os ir ver no concerto em que celebravam 35 anos de carreira, não foi recebida, assim com um particular entusiasmo, mas mais como a possibilidade de dar um ‘mimo’ a uma grande amiga que também (e como eu) precisava de um momento de descompressão.
E a verdade caro leitor é que nunca pensando que diria tais palavras, mas Que grande concerto! Eu nem sei explicar o que ali aconteceu, o que sei é que foi intenso, e que foi muito, muito bom. Cantei como já não fazia há muito tempo. Dancei como não fazia há muito, muito tempo. Saltei, pulei, vibrei, eu sei lá! O que sei é que durante quase 3 horas voltei a ter 16 e a gritar com a força total dos pulmões que ‘não, não sou o único’ e a afirmar com a mesma clareza desses dias de puberdade que sim ‘hei-de arder na tua fogueira, mas será sempre, sempre à minha maneira’.
O que eu sei é que durante 3 horas esqueci por completo tudo o que me tem acontecido, todas as pessoas que me disseram até já e que eu queria tanto voltar a ter bem perto, a viagem emocional e física em que me encontro, enfim todas as angústias e frustrações e desilusões e a merda das lágrimas que não deixam de me correr pelas faces a qualquer hora dos dias que teimam em se tornar cada vez mais difíceis de suportar.
Durante 3 horas voltei a ter 16 anos e a acreditar ……

Obrigada!!

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