The big 4

Hoje, um dos meus mais queridos amigos completa 40 anos de existência.
Eu e o J. temos uma história curiosa. Conhecemo-nos na universidade onde, nem sei bem como me tornei a sua madrinha de praxe. Diga-se que não fiz grande serviço, atendendo ao meu feitio que já por esses dias se manifestava e uma embirração nata por estes salamaleques académicos. Ainda assim, desta relação nasceu uma amizade forte, tão forte que mesmo tendo-nos ‘perdido’ durante mais de 10 anos, quando nos reencontrámos (um grande bem haja para o advento das redes sociais), da minha parte pelo menos, ressurgiu toda a imensidão de sentimentos de amizade, amor e ternura que sempre senti.
Hoje o J. faz 40 anos, e é o primeiro dos meus queridos amigos que chega a este milestone no mesmo ano em que também eu o irei atravessar. E, se por um lado isso me traz muita felicidade, afinal o meu amigo para além de ser um ser humano com as letras todas grandes é também um gato de primeira, inteligente e imensamente talentoso, que chega aos ‘enta’ com a vitalidade e energia de um tipo de 20, e com o amadurecimento mental de um tipo de 50, por outro não consigo deixar de sentir aquela nostalgia parva daquilo que poderia ter acontecido e que não vai acontecer e sobretudo daquilo que não sei se estarei a viver quando chegar aos meus 40. Uma nostalgia que sinceramente hoje está a levar o melhor de mim, e à qual cada vez mais sinto dificuldades de resistir.

Logo a mim que nem tenho nada destas coisas com a idade ……..

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