Lonesome Girl



Não compreendia o que se passava. O tempo parecia não ajudar. A ansiedade idem. Sempre lhe sentiu a falta. O desejo do toque. Mas agora, agora que já se haviam encontrado tudo tinha ficado muito mais doloroso. A ausência dele causava-lhe uma doce mágoa. O desejo de o reencontrar parecia queimar-lhe a pele. A necessidade do toque breve. Dos olhares desencontrados.
Não compreendia o que se passava. Mas, serenou na decisão de simplesmente existir. Ali. Somente ali, no jogo onde as regras são impostas por uma vida madrasta.

Não compreendia. Mas também já não o queria fazer. Ao invés sentia. Sentia, com o fervor típico dos apaixonados a necessidade de um reencontro. E lá dentro, bem no fundo da alma atormentada, dava-se ao desleixe de desejar. Desejar com o mesmo fervor típico das mulheres apaixonadas que também ele a desejasse com igual intensidade.

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