Passagem de testemunho

Ontem foi a vez de dar à minha filha mais velha, um dos meus livros de infância. O segundo que me lembro de ler com ‘letras grandes e muitas páginas’ como fazia a minha mãe. Aquele que me fazia recordar que não gostava de ser filha única. Ainda que na minha ambição fosse a mais nova de 4 irmãos, todos rapazes, o que na realidade a acontecer, mais do que um desejo realizado seria um verdadeiro milagre da natureza humana.

O primeiro, contudo, de uma longa lista de títulos escritos pela mesma autora, e a primeira acha para o fogo que durante muito tempo aqueceu a minha pretensão de ser escritora (coisa quase morta nos dias actuais).

Ontem foi o dia de passar o testemunho à minha filha mais velha, e de ver com alegria, os olhos dela estremecerem à passagem das primeiras linhas, na mesmíssima medida que, acredito, terem tremido os meus à quase 30 anos atrás.

Foi bonito. <3 font="">

3 comentários:

Marta Almeida disse...

Lembro-me tão bem deste livro. Também foi um dos primeiros e marcou-me tanto que ainda me lembro da história.

Pena que já não sei onde pára o meu...

Bjs
Marta

Ana C disse...

Foi também um dos meus preferidos. Não vejo a hora de a minha filha saber ler para que possa eu também oferece-lo. Ainda me hoje me lembro da avó da Rosa, a avó Elisa que achava que desde que os homens foram à lua faz calor no inverno e chove no verão. Baralharam tudo! :)

M. disse...

Obrigada pela vossa visita!
Os meus livros, as tardes passadas em casa dos meus avôs literalmente atracada às histórias da Alice Vieira e, mais tarde, da Patricia, são das melhores recordações da minha infância.
Ainda hoje, sempre que estou com os 'meus' livros, sinto-me em casa

Beijinhos