Jaz inerte na pedra romba da calçada antiga. Ali, sozinho, no contraste com o chão polido. Pisado. Sujo. Ali jaz o brinco perdido de Catarina. Mal colocado na orelha da menina bonita do bairro. Colocado com a mesma pressa que o Amor lhe chega ao coração. Mal colocado e perdido na calçada romba, enquanto ela, cheia de amor e de alegria, corre com os sentidos apagados, calçada fora. Mal colocado e agora caído, perdido, ali na calçada romba por onde tanta gente passa, e ninguém vê o seu reflexo. Colocado à pressa, e agora perdido, jaz ali, inerte, o brinco da Catarina.
6 comentários:
Eu cá gosto.
Só não percebo porque não fazes destes mais vezes.
Fico a aguardar um próximo.
:) concordo com o Info!
Eu concordo com os dois intervenientes anteriores. Continua exercitar-te. Bjitos!
Inspiração bendita. Bonito texto.
Também gostei, temos aqui alguém com jeito para a coisa! Beijinhos
Obrigada e beijinhos aos molhos!
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