10 anos ... Já ... Não pode ser!!!

Ainda me lembro do sentimento nacionalista com que acolhi a noticia da instalação, em Lisboa, da mega cadeia francesa. Na ocasião era uma fiel frequentadora da Valentim de Carvalho Megastore, e as vozes que proclamavam o fim do império português (tal como se veio a confirmar) sobre o espectro da aclamadissima FNAC, sinónimo de variedade, qualidade e visão empreendedora, obrigaram-me a uma resistência forçada.
Verdade seja dita, que não consegui resistir por muito tempo. A atracção a este magnifico mundo de oportunidades era demasiado dificil de superar.
Hoje, dez anos depois, a FNAC já não apresenta o mesmo glamour doutrora. O serviço já não é de superior excelência como foi inicialmente, e os produtos não se encontram tão bem organizados. Hoje, nascem FNAC's como papoilas e já não é (obrigatoriamente) aqui (e só aqui) que encontramos os produtos de culto, e o vendedor que até conhece o que procuramos.
Mas mesmo assim, a FNAC é ainda onde o local primeiro onde procuro a música que ouço. As tendências que não se escutam nas rádios habituais. Aquele livro que mais ninguém conhece. O brilhante filme mainstream. As novidades para as lambisgóias. As prendas para o N.
A FNAC continua a ser dos poucos locais onde (em troca duma generosa fatia do orçamento) saio (sempre) feliz possuidora de prazeres que se repetem, e repetem com renovado vigor.
Por isso, obrigada FNAC pelos 10 anos de música invulgar, de filmes estrangeiros que muitas vezes nem à tela agrada, de livros ... muitos livros que preencheram tardes e noites da minha pós adolescência e vida adulta. Obrigada pelos bilhetes de espectáculo, pelos concertos improváveis, pelos sumos de laranja, manga e papaia, pelos cafézinhos de final de dia.
Obrigada FNAC e parabéns por 10 anos a ajudar a promover a Cultura na minha vida!

1 comentário:

susyr disse...

É verdade! E eu que na altura me fazia confusão o nome, por causa do Ar condicionado :))
Mas acabou por se tornar tb para nós uma referência cultural!
bj gd