Despachadas as filhas (ou melhor, responsavelmente entregues aos cuidados extremosos dos avôs babados), deixámos para trás as responsabilidades, os horários e os limites, e os dias foram-se construindo de espontaneidades, apreciar os pequenos prazeres da Vida.
Os dias passaram-se assim, a correr de aparelho de audição para aparelho de audição a ouvir CDs que há muito nos apetecia ouvir sem o stress da papa, da fralda, da outra que corre para a sessão infantil, enfim sem a aventura que costumam ser as nossas investidas nestes territórios, e a sair da loja com a certeza da carteira mais vazia, mas de saco orgulhosamente carregado de compensações várias e de sorriso estampado nos lábios reforçado pela convicção da qualidade geral das aquisições recentes da nossa (já) abastada colecção musical.
A emoção da vida a dois levou-nos depois aqui, para gritar de pulomão aberto GOOOOOOLLLLLLLLLLLOOOOOOOOOOO!!!!!! (três vezes recorde-se) e Palhaço ao árbitro (ok, aqui fui só eu porque o N. é sempre muito calmo nestas coisas), neste Sporting - 3 /Equipa de Arbitragem (com execução fisica do jogador do Trofense) - 1
E como o fim de semana foi de pequenos prazeres não podia faltar a tradicional, e há muito desejada mini maratona cinematográfica com estes dois filmes:
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Magnifico! A melhor abertura cinematográfica de sempre, com um monólogo de apresentação geral da "trama" de se lhe tirar o chapéu. Brutalmente real, sem cair na violência gratuita a que muitas vezes estes filmes recorrem como forma de fazer"render o seu peixe". Um argumento fantástico e actores brilhantes.
Com o argumento original e realização do Ethan Hawke, desde sempre um dos meus actores preferidos (Dead Poet Society (tão marcante, numa altura que a vida adulta teima em marcar presença, e que a palavra de ordem não pode deixar de ser Carpe Diem) , Before Sunsire (tão louco), Before Sunset (a sequencia lógica e muito aguardada, não supera o filme inicial mas vê-se bem) e o sempre extraordinário Alive) e logo um filme obrigatório neste regresso às salas de cinema.
É um filme modesto, sem pretensões a ser um GRANDE filme, mas feito de grandes momentos simples, sem hipocrisias ou lições de moral, sómente a vida como ela é, como somos todos.
Isso e não fazer ideia de quando se poderão voltar repetir.
1 comentário:
E que bom que foi!
Beijinhos esperançosos de muitas e boas repetições.
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