Adeus

Houve um momento da minha vida em que escrever neste blogue era quase tão importante como respirar. Como sempre gostei de escrever não lhe atribuíra nenhuma consideração específica. Contudo, com o passar dos meses sobre a situação de ruptura que me levou a praticamente deixar em abandono esta ‘casa’ comecei a reflectir e a perceber que as minhas vindas a este espaço eram fruto de muita coisa e sobretudo uma ausência quase palpável de verdadeira felicidade.
Não me sentia mulher, nem me sentia amada. E nem tão pouco me sentia feliz fora das esferas do meu eu materno e profissional, e procurava, ainda que de forma absurda, ‘compensar’ tudo o que poderiam ser buracos negros de pensamentos reais nesta vivência blogosférica que, pontualmente, me assegurava que nem tudo estava perdido.
Hoje, estou longe de ser essa pessoa. Sou outra mulher. Em alguns aspectos melhor, noutros nem tanto mas indiscutivelmente distinta daquela que escrevia (in)feliz nestas páginas virtuais. Hoje nada disto faz mais sentido. Não desejo ser lida por quem aqui me acompanhava e o que tenho para dizer não se centra nas mesmas questões ou aspectos da vida quotidiana. Hoje, mais do que mãe e companheira, sou MULHER. Emancipada, livre, quase 100% resolvida, sem medo de encarar os desafios da vida porque já tive provas da minha inesgotável capacidade de os ultrapassar, e desejosa de subir mais um patamar da escadaria da felicidade da vida.
É por isso que decidi encerrar as portas deste que já foi o meu grande palacete de emoções. Faço-o, lamento dizer, sem qualquer nostalgia ou tristeza. É uma porta fechada à qual não desejo regressar. Mas não poderia faze-lo sem contudo agradecer a um conjunto muito especial de pessoas, sobretudo mulheres, que de uma forma ou outra estiveram e sempre estarão ligadas a momentos e locais importantes da minha vida e da das minhas filhas, porque foram vocês que, mesmo sem eventualmente saberem, me ajudaram a reconhecer que sou muito mais do que me quiseram fazer acreditar.

A vocês Obrigada!


A vocês um Adeus ou até já numa qualquer página perdida da blogosfera  ;) 

na senda das estreias

hoje deu-se-me para isto :)
actualização: caso não se tenha percebido, era uma trança....acho que nunca tinha feito uma trança (a mim mesma) na vida

A vida é de facto muito curiosa.


Por vezes entram na nossa vida pessoas que parecem vir para cumprir um determinado objectivo. Apenas um e aquele que previamente já se havia definido. No desenrolar do jogo contudo algo se altera. Os sentimentos evoluem, uma atracção passa a um certo carinho cândido e daí aos primeiros passos de uma amizade é um ápice. Aquele momento fugaz e o objectivo cumprido deixam de ser a referência e um novo horizonte se abre. Um amante torna-se num bom amigo. Num daqueles que me aperta a mão quando shit really happens, daqueles que te puxam para cima quando o universo parece orientado para te colocar bem lá em baixo. Daqueles com quem repousas tranquilamente numa esplanada, de olhar perdido sobre o rio, e te dás ao prazer da simples gargalhada.
Tu, com todas as voltas que a vida deu e todas as rasteiras que nos tentaram passar, contra, admitamos!, todas as probabilidades, tornaste-te nesse tipo de amigo.

Gosto de ti pá! E o melhor de tu é que sei que (para aturares o que me aturas) só podes também gostar de mim! J


Ps – aquilo do vinho verde foi um bocado panisgas mas vá, eu perdoou-te :P

New musical obssession

tãoooooooooooo bons

Foram precisos quase ..........



 ...... 40 anos para comprar uns sapatos destes e para até conseguir andar com eles com a graciosidade que se espera numa senhora quase, quase quarentona.
Diz que me ficam supimpa e que fazem de mim uma gaja ‘quase’ boa
O melhor de tudo é que até são confortáveis e ainda não me fizeram esbardalhar o que é sempre uma vantagem. 

Tenho cá para mim que foi uma daquelas estreias que vieram para ficar :)

The big 4

Hoje, um dos meus mais queridos amigos completa 40 anos de existência.
Eu e o J. temos uma história curiosa. Conhecemo-nos na universidade onde, nem sei bem como me tornei a sua madrinha de praxe. Diga-se que não fiz grande serviço, atendendo ao meu feitio que já por esses dias se manifestava e uma embirração nata por estes salamaleques académicos. Ainda assim, desta relação nasceu uma amizade forte, tão forte que mesmo tendo-nos ‘perdido’ durante mais de 10 anos, quando nos reencontrámos (um grande bem haja para o advento das redes sociais), da minha parte pelo menos, ressurgiu toda a imensidão de sentimentos de amizade, amor e ternura que sempre senti.
Hoje o J. faz 40 anos, e é o primeiro dos meus queridos amigos que chega a este milestone no mesmo ano em que também eu o irei atravessar. E, se por um lado isso me traz muita felicidade, afinal o meu amigo para além de ser um ser humano com as letras todas grandes é também um gato de primeira, inteligente e imensamente talentoso, que chega aos ‘enta’ com a vitalidade e energia de um tipo de 20, e com o amadurecimento mental de um tipo de 50, por outro não consigo deixar de sentir aquela nostalgia parva daquilo que poderia ter acontecido e que não vai acontecer e sobretudo daquilo que não sei se estarei a viver quando chegar aos meus 40. Uma nostalgia que sinceramente hoje está a levar o melhor de mim, e à qual cada vez mais sinto dificuldades de resistir.

Logo a mim que nem tenho nada destas coisas com a idade ……..