Passagem de testemunho

Ontem foi a vez de dar à minha filha mais velha, um dos meus livros de infância. O segundo que me lembro de ler com ‘letras grandes e muitas páginas’ como fazia a minha mãe. Aquele que me fazia recordar que não gostava de ser filha única. Ainda que na minha ambição fosse a mais nova de 4 irmãos, todos rapazes, o que na realidade a acontecer, mais do que um desejo realizado seria um verdadeiro milagre da natureza humana.

O primeiro, contudo, de uma longa lista de títulos escritos pela mesma autora, e a primeira acha para o fogo que durante muito tempo aqueceu a minha pretensão de ser escritora (coisa quase morta nos dias actuais).

Ontem foi o dia de passar o testemunho à minha filha mais velha, e de ver com alegria, os olhos dela estremecerem à passagem das primeiras linhas, na mesmíssima medida que, acredito, terem tremido os meus à quase 30 anos atrás.

Foi bonito. <3 font="">