Quem diria que o alecrim era tão indigesto?

Mais do que estilos de realização, milagrosas produções low-budget, ou o cunho muito peculiar do filme de autor, o que me atrai verdadeiramente nos filmes indie, é a naturalidade com que contam a realidade tal qual ela se apresenta no quotidiano de cada um. Os heróis, se e quando os há, não passam de pessoas totalmente comuns, iguais a nós, com virtudes e defeitos, “apanhados” pela lente ampliada do realizador num momento específico da sua vida. Acresce a capacidade de me estimularem a pensar, e a mim, pessoalmente, relaxa-me mais estar 2 horas numa sala escura a ver um filme “incómodo”, e ir para casa a pensar e a falar sobre ele, do que ver meia dúzia de cenas recheadas de efeitos especiais de bradar aos céus, e sair do cinema com uma “desagradável” sensação de vazio.
Nesta perspectiva o Go get me some Rosemary cumpre na totalidade o objectivo. É um filme duro, que obriga à reflexão, a engolir em seco. Não (me) foi fácil esta história dum pai absolutamente irresponsável e inconsequente, alheado da realidade parental, mas resoluto em fazer o seu melhor (ainda assim muito aquém do razoável). Foi difícil de o digerir (Quatro dias depois e ainda os mixed feelings.)
Se este era um dos objectivos dos Safdie, pelo que me conta, nota 10. Mas como mãe, ainda que por vezes também um pouco irresponsável e inconsequente, este não é um filme simpático...magoa cá dentro.

Caveirinha fofinha

faz qualquer mamã feliz! E a criança certa também!

Street Art

Eu se fosse a vocês dava um pulo. Mas é lá com vocês...depois não venham é queixar-se que já vos tinham falado disto , e vocês nada. É que a bem da verdade coisas destas também não existem assim ao pontapé. Mas pronto, quem vos avisa, vosso amigo é. :)

O Gato Esteves

Sou uma daquelas pessoas que teve a sorte de na vida, esbarrar com meia de dúzia de professores à séria, daqueles que ensinam e ao ensinar deixam marcas. Uma recordação que vai para mais além da aprendizagem pura, uma recordação recheada de contornos subliminares. Uma dessas recordações acompanha-me, já há muitos anos, provocada por uma professora de inglês, no 10º ano, que ao abordar a temática do “Generation Gap”, ao invés do tradicional blá,blá,blá, pôs-nos a ouvir (mas a ouvir à séria) esta música.
A memória foi de tal forma marcante, que ainda hoje, tantos anos volvidos sobre o acontecimento, a primeira imagem que vêm à memória quando a oiço, é a daquela aula, logo depois substituída por um leve arrepiar da alma e um breve marejar no olhar.
Nessa aula, essa professora e o Gato Esteves mudaram para todo o sempre a minha forma de pensar a relação pais e filhos, e o saudável e desejado (se bem equilibrado) “Generation Gap”.

(Será que os miúdos ainda abordam estes temas nas aulas de inglês?)

Até podia, mas, acreditem, não era, mesmo, a mesma coisa

Eu podia vir para aqui dizer-vos (uma vez mais) tudo aquilo que me agrada na escola das minhas filhas. Podia falar-vos das coincidências do Infantário seguir a metodologia de ensino do MEM, desde sempre  algo que me fascinou. Dos valores da escola serem, entre outros, a Cooperação, a Solidaridade e a Partilha, pilares de vida para quem durante anos esteve ligada de corpo e alma à Economia Social. Ou filosofias à parte, das amizades que se constrem, entre pais da mesma, ou doutras, salas, entre pais e equipa educativa, entre pais e miúdos que andam na escola. Ou então falar-vos do facto de que cada vez que lá entro, me sinto em casa. Que guardo no coração as secas que dou às educadoras ou à dona, assentando arraiais no escritório, e dando-me ao desplante de por lá ficar, durante mais de uma hora.
Podia falar-vos destas ou de tantas outras coisas, mas acho que digo muito mais se vos mostrar estas fotografias e vos explicar que o que vêem decorre duma grande iniciativa que um elemento da equipa despoletou no sentido de colectivamente ajudarmos a melhorar a vida a um membro desta "grande família escolar".
E isto, meus amigos, não é algo comum e que se encontre em qualquer lado.
Para saber mais sobre esta iniciativa, clicar aqui e aqui.

Ahhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pronto, agora que ouvi as declarações desta madrugada já percebi que, afinal, o que o senhor tem é um problema ao nível da auto-estima. A criatura está genuínamente convencida "que a totalidade dos adeptos está comigo, e os poucos que não estão, em breve ficarão". Olhem que isto é mesmo grave! Fiquei seriamente preocupada com o Homem...Não se arranjam umas consultas na ala psiquiátrica do Júlio de Matos. É pá é que eu até lhe dou boleia!