Neste preciso momento

é a isto que a I. dança como se não houvesse amanhã. acompanhada por um magistral jogo de braços e uma versão livre sonora que reza mais ou menos assim
lha, lha, lha, lha ....


Tem bom gosto musical, a catraia!

Ternura

e muito provavelmente a melhor música do Otis Reding

EU ADORO!

Nas ondas do alguidar

(Piropos que encantam e nos fazem soltar a gargalhada.)
M. - Sabes, hoje a Inês disse que eu parecia uma sereia a nadar.
Para o adequado esclarecimento a piscina improvisada no recreio da escola é coisa pouco maior do que um alguidar, pelo que dificil é de visualizar os movimentos ondulatórios desta sereia de água doce. :))

Então é assim.

Agradece-se ao estafermo(a) que passa a vida a lançar-nos olho gordo, que nos deixe a cueca em paz. Até porque a família está quase-quase a dedicar-se às artes ocultas da bruxaria e do Vudu, para fazer retornar ao mesmo, pensamento caca e mau olhado.
Depois não digam que eu não avisei!

Isto a propósito do entorse que não há meio de ficar curada e da diarreia e vómitos que assolam a minha mais pequena desde a manhã do dia de ontem. Arre!

Sem assunto

ou isso, ou a Silly Season atacou-me na vontade de escrever.

O melhor do mundo são as crianças!

Nada como uma criança para relativizar a nossa importância no mundo.
Hoje, ao jantar, na tradicional conversa sobre o nosso dia:
M. - Hoje o P.A (colega da escola com quem passámos uns dias de férias) perguntou-me pela Matilde (a nossa cadela). Queria saber se ela estava bem.
Mãe - Ai sim! E então e por nós, também perguntou?
M. - Não, de vocês ele não queria saber.
Mãe - aaaahhhhh!!!!

Ei-lo!

Hoje, cá por casa, celebra-se o aparecimento do meu primeiro cabelo branco (apre!)
Sim, leram bem, o meu p.r.i.m.e.i.r.o. cabelito branco (caraças!). Fruto concerteza das ralações, e dos chatos que por vezes insistem em fazer parte da minha vida (filhos da mãe!). Julgo que o gajo e as piquenas também devem ter contribuido para esta efeméride (fofos, mas chatinhoooooos!). Mas adiante, afinal o que interessa (isso faz-te de valente!), é que ele chegou, e está com ar de quem veio para ficar (estupor!). Alojou-se mesmo aqui na fronte e, com um orgulho tal, que se destaca por demais dos restantes (sacaninha!).
E eu estou que nem posso (possessa, portanto!) porque afinal não é todos os dias que se celebra tamanha alegria (mentirooooooosa!)
Hip, hip, urra.... é festa ... a sério...iupiiii....

Brilhantina

Invejo aquelas pessoas que se recordam minunciosamente de cada detalhe da sua extraordinária infância e maravilhosos primeiros anos. Eu, definitivamente, ou não tive uma infância recheada de momentos fantásticos, ou tenho memória selectiva e com capacidade de ocupação médio-baixa.
Lembro-me contudo, e de forma bastante nítida de momentos específicos, espaçados no tempo e em protagonistas.
Um deles deu-se numa tarde de sábado do ano de ... (gostava, gostava, mas não existe qualquer hipótese de me lembrar de tal coisa), em que reunidos na casa da prima Elsa, eu, as minhas primas, primos e respectivos pais, aguardavamos, ou melhor aguardavam eles ,porque eu ainda não tinha absorvido o fenómeno, em estado de puro anseio, a estreia na televisão portuguesa do musical Grease.
Eles expectantes pela Olivia Newton- Jonh, elas, pelo Jonh Travolta, e eu não esperando nada, e não me deslumbrando com os actores, fiquei fascinada pelas músicas e pelo romance de cordel.
Ahh, e foi também nesse Verão que a minha prima Susana fez uma lesão nas costas.

Bruxa precisa-se!

Mãe empanada com entorse de grau elevado. Previsão de 11 dias sem se poder mexer.
Filha mais nova, em clima de improbabilidade médica (menos de 2 anos) está com escarlatina.
Filha mais velha, em sequência da escarlatina da irmã, tem uma amigdalite.
Neste quadro, o Pai, único gajo da casa, esforça-se para não perder a pouca sanidade que ainda lhe vai restando, e chora pelos cantos a má fortuna que lhe estava escrita para a semana final de férias.
Safa-se a bicha, a cadela, que aparentemente se mantêm sómente parva como é costume.

Pois!



Assim pelo desenho eu já percebi ... agora o problema é aplicá-lo em movimento. É que andar ao pé-coxinho nunca foi uma das minhas brincadeiras preferidas.

Lisboa é muita gente!

A mim agrada-me esta (agora mesmo anunciada) ampla plataforma de entendimento político, em benefício da Cidade de Lisboa e dos cidadãos, e contra uma candidatura de bazófia e despercídios.

É oficial!

a Silly Season já começou.
Estão com dúvidas? Então façam-me o favor de ler esta, e ainda mais esta pérola, encontradas pela vizinha aqui do lado.

Outra vez o mesmo Bairro, ali para os lados da 2

No site o programa apresenta-se deste modo:"Um espaço de conversa com figuras que têm algo a dizer sobre si e sobre o que fazem"
Eu, de cada vez que tenho o prazer de o ver por completo, regozijo-me com as pessoas que têm realmente algo a dizer sobre si e sobre o que fazem. Fascina-me a existência mais comum e delicio-me por viagem às memórias. Acho-as maravilhosas!
Hoje a (nossa) conversa foi com a Cabo-Verdiana Mayra Andrade.*
E uma vez mais foi das boa!
Se ainda não viram, para a semana já sabem, à terça na RTP 2.

*Com direito a referência ao primo Ricado Godinho, que me diz o dedo mindinho deve ser parente próximo da minha querida amiga Mónica Godinho. Digo eu! Acertei?

A História Encantada da Morte

Sou da opinião que isto de se ter filhos resulta melhor quando não (n)os levamos muito a sério. Há que levar as coisas com uma descontracção natural, que invariavelmente (diz-me a parca experiência) acaba sempre por resultar melhor do que qualquer outra abordagem.
Não quer isto dizer que eu seja a calma e descontracção em pessoa. Longe disso! Mas esforço-me, ainda que nem sempre seja bem sucedida.
Neste equilíbrio dificil de alcançar no dia-a-dia, todos os dias, existem sempre alguns medos que nos vão assolando (ou a mim). É o medo de algumas questões. Uma delas, talvez das mais dificeis, a questão da morte.
Surgiram já algum tempo, quando nos morreu um animal de família, e a maior preocupação da M. era para onde é que ela tinha ido, o que é que lhe ia acontecer. Recordo com alguma angústia o que de facto aconteceu, onde tivemos de a deixar, e estou certa que estas são recordações impróprias até para adultos, quanto mais para crianças.
Nessa altura, optei então por fabular a situação, contando-lhe que quando morrem as pessoas (e os animais) transformam-se em estrelinhas, que podemos ver em todas as noites de céu estrelado, estejamos onde estivermos. A hipótese de continuarem presentes na sua vida, mesmo que que lá longe, no céu, pareceu tranquilizá-la.
Agora, de quando em vez, fazemos as nossas viagens nocturnas à varanda para dizer adeus à amiga que está no céu, e de quem temos saudades.
Mas agora em férias, num sítio em que o céu parece sempre mais estrelado, e nós a um passo de as conseguirmos agarrar com as mãos, enterneceu-me que certa noite ela me tenha pedido para irmos ver a "Mafalda lá no céu" e após alguns segundos de total silêncio tenha rematado o momento com: "ò mãe tens de telefonar à avó Zete, para lhe dizer que vimos a Mafalda, e que ela lhe mandou beijinhos de saudade. "
Cada qual entende a morte à sua maneira e convicção, mas eu, não obstante aquilo em que acredito, gosto cada vez mais desta fábula encantada, em que os que amamos continuam aqui tão perto, mesmo ao alcance ficcionado duma mão.

A menina dança?

Hápoisconcerteza!, responderia de imediato a I. caso lhe colocassem a questão, e fosse ela capaz de exprimir mais do que 2 palavras de seguida.
Contrariamente à irmã, cuja questão de ritmo foi coisa ganha (mais ou menos) pelas aulas de dança e de música (só aqui para nós, a moça sai ao pai, obviamente!), já a I (cedendo ao bom gene da progenitora materna) tem uma natural noção ritmica que nos tira absolutamente do sério. Sim, porque ela não se limita abanar o corpo, abana-o numa coordenação perfeita da anca, e ainda se dá ao trabalho de abrilhantar a coisa com pormenores coreográficos executados com os braços/mãos e pernas/pés.
Para além disso não é particularmente esquisita na selecção sonora de acompanhamento ao bailarico. Basta-lhe um anúncio mais ritmado ou uma série de genérico interessante, e lá está ela de fralda a abanar. Actualmente mostra muita predilecção pelos teasers musicais das séries do canal SET.
A coisa complicou-se contudo, no nosso período de férias em Marvão, em que num dos dias (a pedido dum amigo) a TV esteve sempre sintonizada no MTV Two (assim pro género mais alternativo), para alegia generalizada das hostes, e da I em particular. O drama veio foi com a mudança de canal - chucha ao canto da boca, mãos perfeitamente sincronizadas a bater nas pernas, e a exclamação "oh pá, mãe!". Desde então, se a queremos ver animada não é colocar o Zig Zag ou outra qualquer colecção de bonecada no ar, é sintonizar o MTV Two, e deliciar-nos com as acrobacias coreografadas.
A bem da verdade, há destinos piores .... :)

Regresso em modo torcido

6 horas e trinta minutos.
Domingo.
No Alto -Alentejo a estas horas, o Sol já irrompe pelas janelas, anunciando o dia quente.
A I. continua com febre. 38º graus. Tem dificuldades em dormir. Levanto-me e subo ao piso de cima, à cozinha. Vou buscar o xarope. Torno a descer. Novamente no quarto vejo que me esqueci da mediação. Regresso lá acima, pego na colher e começo novamente descer os enormes degraus em pedra que separam os pisos. Vou quase no fim da escada, quando de súbito .... não sei o que acontece, troco os pés. Baralham-se um no outro e eu estatelo-me no chão de pedra antiga, com um assustador trrrrrr. Grito com dor pelo N. porque não me consigo levantar. Acredito que talvez tenha partido o pé.
7 horas e vinte minutos.
Ainda no mesmo domingo.
A caminho do Hospital de Portalegre, e a bola de carne que agora tomou o lugar do meu tornozelo, insiste em aumentar a intensidade da dor.
Quando lá chegamos, constato aliviada que não existe ninguem na sala à minha frente. Passo à triagem onde me diagnosticam como de "urgência normal", o que significa que posso ter um período de espera de 50 minutos até ser atendida. Mas espero afinal só uns meros 30, isto mesmo estando a sala de espera vazia. Ou melhor, as urgências em geral, como pude depois testemunhar. A minha médica é dum país de leste, insiste em me tratar por Maria, que é, efectivamente, o meu primeiro nome, mas que como bem se sabe, não é nome a sério. Mais de metade das portuguesas chamam-se Marias, e quase tantas não respondem por esse nome. Assim, passamos ainda uns segundos, com ela a falar comigo e eu achar que ela estava a falar com outra pessoa. Desfeito o equívoco sigo para o Rx, onde tenho de aguardar no corredor deserto porque "seguiu agora um senhor para fazer o TAC e o técnico é só um." Tento aconchegar-me o melhor possivel à cadeira de rodas e esquecer a dor que não para de crescer. Feito o exame e a promessa que me vêm buscar logo que a "doutora" tenha os resultados, fico sozinha numa sala enorme, no meio dum corredor cheio de cacifos tamanho XXL, onde não passa quase ninguem. Aliás todo o hospital parece um enorme e pobre cenário da Anatomia de Grey, em dia de descanso da equipa de filmagens.
De repente oiço o meu nome nos altifalantes, seguido dum "à Sala 1". Procuro o enfermeiro da promessa. E espero, tentando controlar a ansiedade e as dores. 1,2,3,4,5 ... 58,59... e nada. 1 minuto aguardar na ala deserta, e ninguem para me vir buscar. Meto mãos às rodas e ponho-me, com imensa dificuldade, em marcha. Inexplicavelmente nesse momento surjem no corredor uma quantidade surpreendente de pessoas, auxiliares, enfermeiros, até médicos, e nem um, repito nem um, me perguntou se precisava de ajuda. Valeu-me a senhora da limpeza, que indignada por eu ter de vir sózinha, chamou com severidade o meu tal amigo da promessa, que lhe respondeu no mesmo tom de revolta "não sabia que era esta senhora." Volto atrás para relembrar que, primeiro, fora eu, só lá estavam dentro mais 3 velhotes acamados, pelo que tenho dificuldades em acreditar que algum deles tivesse um nome semelhante ao meu ou em situação de serem chamados à sala 1, depois que sendo este o homem que me acompanhou desde a entrada ao Rx, não era ele suposto saber quem eu era. Isto para não falar do facto de sermos amigos, como ele insistia em afirmar no final de qualquer frase que me dirigia. Mas adiante.
Estamos novamente frente a frente. Ela insiste no Maria, e eu tenho dificuldade em a perceber, mesmo até em a ouvir. Estou a ficar mouca e para além disso, as dores começam atrofiar-me as capacidade de raciocínio. Tenho boas e más notícias, diz-me. Primeiro a boa, não está partido. Porra, penso de imediato, então qual serão as más?! As más, esclarece ela de imediato, é que vai doer muito mais. Ahhhh!!!!!, penso novamente, que sorte!!!!Uma médica optimista!!!!!! Aliás, continua ela, até era melhor estar partido. Resolvia-se melhor. Mas no sítio em que foi e como está vai doer mesmo muito. Muito mais até. Por dentro sorrio para a consistência de discurso da bicha.
Mais um minuto para me receitar uns medicamentos para as dores. Porque, afinal "vai doer mesmo, mesmo muito", para me dizer que apesar disso só os tomo se quiser, que não posso mexer o pé, e que sim, era bom ter umas canadianas, vulgo muletas, para me auxiliar os movimentos nos próximos dias, mas que não, no hospital não as posso requisitar, nas farmácias não se compram e noutro sítio, não, também não sabe porque ela nem é dali. Não???!!!! - ainda penso em dizer-lhe no meu melhor ar de surpresa, mas o sacana do pé não vai para melhor e o sarcasmo fica fraco perante as adversidades.
Assim, e sem qualquer prova do meu Rx ou um sedativo para atenuar a tal da dor que "vai doer mesmo, mesmo muito" (porra, já me doi mesmo, mesmo muito!!!) volto à luta com a cadeira, para sair da sala, uma vez mais repleta de médicos e enfermeiros, com absolutamente nada para fazer, mas incapazes de me acompanharem à porta, tendo desta feita sido um dos seguranças a alma caridosa a levar-me à família que esperava cá fora.
Hoje estou de regresso a casa, a Lisboa... ou melhor à linha de Cascais onde resido, e a tenho boas e más noticias. A má é que dói, mas dói mesmo, mesmo, mesmo muito, e a boa é que depois de ter ficado do tamanho duma bola de futebol, agora, está mais para o tronco de arbusto.
Ahhh ... e as canadianas vêm a caminho, por empréstimo de amiga da família!

Emissão Interrompida

Nos próximos dias estarei por aqui
na lisura do quente alentejano, e da paisagem que nos tira o fôlego.
Assim, e porque se calhar não me vai apetecer passar por cá... até jááááá!!!!!!!

A Prenda

Andei dias a namorá-la. Ali para os lados da casa de cultura do tio Berardo.
E hoje, sem que o esperasse, irrompeu-me pela casa adentro, e diz que veio para ficar.
Toda em papel reciclado. Tão frágil como bela.
Diz por aí que foi o meu mais que tudo que a convenceu a vir. E ainda bem.
É linda!

Hoje celebra-se

E muito provavelmente o melhor período da minha vida!